por Farley Matos

O mundo da criança é provavelmente um dos mais curiosos e ricos que conhecemos. Em constante transformação, é um universo pelo qual todos nós já passamos, mas que ainda assim nos parece tão desconhecido.

Parece que, ao crescermos nós, adultos, nos esquecemos que já fomos crianças, pois muitas vezes é bem difícil para nós entendermos como elas pensam e percebem o mundo ao seu redor.

O que certamente podemos afirmar é que as crianças de hoje em dia estão bastante diferentes das que nós éramos – e não é pra menos: a sociedade é outra, e as crianças não poderiam ficar para trás.

Em meio a uma sociedade em constante transformação e que vem discutindo e desconstruindo diversos tabus, as crianças precisam estar a par deste processo, para que possam crescer como pessoas melhores do que nós somos, afinal, elas são o futuro do mundo (né?).

Muitas vezes evitamos de conversar sobre determinado tema com uma criança, pois achamos que “ela não vai compreender” ou que “ela é muito pequena para isso”.

É claro que existem momentos para cada coisa, mas não podemos fechar os olhos para o fato de que elas são bombardeadas por informações de todos os lados, e nem sempre podemos controlar essa recepção. Então, nada melhor do que nós mesmos, que somos mais próximos de nossas crianças,  apresentarmos a elas estes assuntos que podem ser vistos como “polêmicos”.

Até porque, quem cria essa polêmica somos nós, com os diversos filtros que vamos adquirindo na convivência em sociedade. 

Para a criança não há polêmica, há apenas novidade, e cada novidade é uma oportunidade a mais de evoluir. Elas são seres livres e dispostos a aprender, e cabe a nós ajudá-las nesse processo de aprendizagem.

Então, converse com sua criança: sobre temas dos quais ela tem curiosidade, sobre questões que a afligem, sobre preconceitos que precisam (sim, PRECISAM) ser eliminados.

Se você estabelecer com ela uma relação de confiança e parceria, e estimular sua curiosidade, ela certamente irá crescer com mais independência e estará num caminho maravilhoso de construção da própria história.

Então é isso!
Beijos e até a próxima!

Farley Matos